segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Política, religião e futebol não se discute, será?


Política, religião e futebol não se discute, será?

Após o golpe de 1964, tornou-se importante ter as grandes massas em controle absoluto, por isso surgiram várias campanhas de repressão a fim de eliminar possíveis “movimentos rebeldes”, muitas dessas batalhas foram travadas no campo de batalha urbano e rural, todavia, algumas ocorrem no polo social e intelectual, o qual utilizava frases como a supracitada.

Para o militarismo era necessária a criação, dentro da sociedade, de uma ideologia mórbida, na qual a sociedade deveria aceitar o disposto pelo governo sem o julgamento de seus atos. A primeira frente foi na política dizendo que a discussão sobre esse assunto só traria anarquismo e o temido comunismo, que era visto como um monstro que assombrava o país. Manifestações políticas foram repelidas de diversas formas, tanto com o usar da força física quanto na instalação do medo ao regime comunista e anarquista.

O futebol canarinho foi um importante mecanismo para o Governo Médici, pois era utilizado para aumentar sua popularidade e era tão necessária a vitória que o próprio ditador chegou a dar palpites na escalação do time. Discutir sobre a seleção só era permitido se fosse para defendê-la.

No flanco religioso a batalha foi dura, pois a igreja católica temia pelo avanço do comunismo e o medo de perder sua influência na América Latina, tirava-se o sono de muitos canônicos, a igreja após a Segunda Guerra Mundial já tinha sido banida do Leste europeu, devido a sua posição ambígua com relação aos nazistas, alguns dizem que a igreja chegou até abençoar o exército nazista. No Brasil sua posição de apoio ao regime foi fundamental para o êxito do golpe de 1964, portanto, questionar religião não estava em pauta.

Portanto, diga aos colegas que política, religião e futebol devem ser discutidos e reavaliados sempre, pois se continuarmos no mundo do silêncio sem fim, pregado pelos tempos de chumbo, continuará uma ditadura constituída por nossa própria ignorância cidadã que nos levará a uma perda, sem precedentes, como seres sociais.

domingo, 11 de novembro de 2012

A Cidadania em debate

A Cidadania em debate.

Muito se discute sobre o que é a "real cidadania", numa visão simplória podemos identificar como um conjunto de direitos e deveres do cidadão (cidadão: aquele que faz parte da sociedade seja rural ou urbana), a fim de manter-se a qualidade de vida com o seu meio.
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Entretanto, a história nos mostra que essa definição está longe de identificar a "real cidadania", pois ela é o conjunto de direitos sociais, políticos e civis, como declara o historiador José Murilo de Carvalho em seu livro "Cidadania no Brasil, O longo Caminho".

Todavia, devemos notar que a uma relação intrínseca entre os campos e que podemos definí-las pelo princípio da Moralidade, pois não há como alcançar a completa e utópica Cidadania sem termos moralidades nos três flancos apontados.

Portanto, defino Moralidade como o quarto elemento dessa relação de sustentação da "plena cidadania" e verificamos que a utilização deste princípios leva a cidadania ao seu clímax,  trazendo o que a de melhor na relação humana.